Já é mais do que sabido que toda mulher deve fazer mamografia anualmente a partir dos 40 anos. Mas é realmente difícil entender como um exame tão rotineiro e tão importante seja ainda tão desconfortável. As queixas são muitas e frequentes: “Mas por que tem que apertar tanto?”, “Não existe nada mais moderno não?”, “Pode apertar menos?”. Respondemos a essas e a outras perguntas parecidas quase que diariamente num consultório de mamografia…
No entanto, sinto informar, mas a resposta é: sim, tem que apertar; e sim, esse ainda é o melhor exame de rastreamento para câncer de mama!
A mamografia foi se modernizando com o tempo: de alta resolução passou a digital e depois a digital com tomossíntese; mas a compressão adequada das mamas ainda é fundamental para a qualidade da imagem e para a interpretação do exame.
As mamas são compostas de tipos de tecidos diferentes (gordura, tecido fibroglandular, ligamentos, vasos, etc) e uma boa compressão ajuda a dissociar esses tecidos, reduzindo a sobreposição de estruturas para que o médico radiologista consiga interpretar adequadamente. Além disso, é também através da compressão que se consegue uma imobilização adequada das mamas para que o exame não saia tremido. Dessa maneira se evita que o exame tenha que ser repetido ou que a imagem “borrada” leve a erros diagnósticos. Por último, quanto maior a compressão, maior a uniformização dos tecidos e a redução da espessura das mamas, diminuindo a dose de radiação necessária.
Por tudo isso, não tem jeito… tem que apertar mesmo. Mas lembre-se: cada exposição dura somente alguns segundos. Passa rápido! E se pensarmos que é somente uma vez por ano e que um exame bem feito pode salvar uma vida, fica mais fácil e menos sofrido aguentar.
E aí? Já fez a sua mamografia anual? Vamos lá?